Dois anos se passaram e nada foi feito em Cabo Frio.
Agora, com a ajuda da imprensa local e R$1 milhão que foram gastos na mídia Regional, os humoristas Marquinho e Carlos Victor tentam, com mentiras esfarrapadas, convencer a população de que nada fizeram ou fazem, por culpa da crise internacional, essa que o próprio presidente Lula classificou de marolinha. Culpam também os Processos por compra de votos que o Prefeito responde na Justiça.
Já alertei os cabo-frienses que nesses dois anos em que o Governo nada fez, o Município arrecadou R$ 900 milhões, sendo R$ 400 milhões só de royalties do petróleo.
Se desse total subtrairmos 50% para serviços de manutenção da cidade, onde estarão os outros 50%, ou seja, R$ 450 milhões, já que não nenhuma obra foi feita nesse período?
Por mais que se queira acreditar nessa administração, esbarramos na pergunta sem resposta: Se não houve obra, onde está o dinheiro? Afinal de contas, são R$ 450 milhões! É muito dinheiro, não é mesmo?
Cabo Frio é uma cidade muito rica. Os cofres públicos receberam somente de royalties do petróleo, em apenas 10 dias, R$ 26 milhões e 800 mil. No dia 11 de maio, uma parcela trimestral de R$ 16 milhões e 400 mil e no dia 21, a parcela mensal, no valor de R$ 10 milhões e 400 mil.
Errei por pouco, em minha entrevista na Rádio 104 FM, quando disse que seriam R$ 28 milhões… Repetindo o que falei naquela oportunidade, considerando o valor de R$ 5 milhões mensais que a Secaf gasta com a limpeza pública, ainda sobrariam R$ 21 milhões e 600 mil, dinheiro este que só poderia ser gasto com obras.
Para demonstrar, faremos algumas contas:
- Uma avenida de 1 quilômetro, pronta e com manilhamento, calçadas, asfalto, iluminada, custa hoje, segundo o EMOP – R$ 1 milhão e 800 mil, demandando quatro meses de obras.
- Um hospital, como o Hospital da Mulher, com 3.000 metros quadrados de área construída, custa, por metro quadrado, R$ 800 mil, o que perfaz um total de R$ 2 milhões e 400 mil, em mais ou menos seis meses de obras.
- Uma escola, nos mesmos moldes das construídas por eles, diga-se de passagem, com o dinheiro do Fundeb, custa R$ 1 milhão e 800 mil, em quatro meses de obras.
A partir desses três exemplos, vejamos o que poderia ter sido construído com a verba de R$ 21 milhões e 600 mil:
- 4 grandes avenidas, completas à 4 x R$ 1.800.000,00 = R$ 7.200.000,00
- 2 grandes Hospitais à 2 x R$ 2.400.000,00 = R$ 4.800.000,00
- 5 grandes Escolas “Padrão” à 5 x R$ 1.800.000,00 = R$ 9.000.000,00
Total = R$ 21.000.000,00
Desse modo, ainda sobrariam R$ 600 mil para serem gastos com a imprensa de Cabo Frio, destinando uma parcela maior para o único jornal diário estampar, na manchete de capa e na última página, estes grandes feitos.
Mas, não podemos esquecer que durante os seis meses de execução dessas obras, outras seis parcelas mensais no total de R$ 65 milhões e mais duas parcelas trimestrais de R$ 35 milhões já teriam sido creditadas ao Governo. Quer dizer, no mesmo período em que seriam gastos R$ 21 milhões, a Prefeitura teria arrecadado mais R$ 100 milhões, só de royalties.
Que crise pode parar um Município arrecadador como Cabo Frio?
Só o desleixo, o desrespeito e a falta de amor à cidade! Garanto que não é só a absurda incompetência!
As poucas obras que estão sendo anunciadas nos últimos dias são custeadas pelo Governo do Estado. A UPA, o asfalto da Reserva do Peró, a concessão da obra do Ginásio de Tamoios e a pista lateral da Rodovia, também do Segundo Distrito, são ou serão realizadas com recursos do Estado. São mais de R$ 40 milhões doados pelo Governo de Sérgio Cabral.
Para não ser injusto, lembro que uma obra será concluída, depois de dois anos de ostracismo: o Barracão do Jardim Esperança, que o Governo teima em chamar de Ginásio Poliesportivo.
Até amanhã!
Alair Corrêa
Fonte: Alair Corrêa direto
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