segunda-feira, 4 de outubro de 2010

COMPRARAM O DIREITO QUE NOS RESTAVA:

A INDEPENDÊNCIA DO NOSSO VOTO!

            Nos últimos dias, vi a história da criminosa eleição passada se repetir em nossa cidade.
            Delma Jardim, nossa candidata, líder absoluta nas pesquisas dos últimos dois meses, começou a perder votos.
           Já vi esse filme! Em 2008, eu também era líder absoluto e, na hora H, parte dos meus votos desapareceu, inclusive nas urnas. Em diversas seções, quando o eleitor votava em mim, aparecia a foto do Marquinho.
           Que pena! Nesses últimos anos, Cabo Frio perdeu a independência, a liberdade do voto.
           Antigamente, os candidatos brigavam de maneira limpa, utilizando suas propostas na disputa voto a voto. Essa situação atravessou a fase da ilegalidade do PCB, nas décadas de 40, 50 e 60, o bipartidarismo, a partir de 1964, com a ARENA E O MDB, até hoje, com o pluripartidarismo.
           Infelizmente, depois que os Mendes assumiram o poder, a beleza e a democracia da escolha do eleitor se acabaram. Primeiro, faliram com a cidade para poder controlar os formadores de opinião, que são ajudados por eles e se transformam em cúmplices. Depois, deixaram a periferia em estado de penúria, para, na época das eleições, darem qualquer “ajudinha” para iludi-los. Coitados!
           Sabem por que não temos investimentos em turismo, obras e crescimento? Porque foram duas campanhas milionárias! A situação da eleição passada se repete, com a farta distribuição do dinheiro público.
           Vocês acham que Carlos Victor tirou de seu próprio bolso todo o investimento em sua campanha? Claro que não! Mesmo que ele vendesse tudo que tem, os milhões arrecadados não dariam para pagar o que foi gasto em Cabo Frio, São Pedro, Iguaba, Arraial do Cabo, Búzios e muitas outras cidades. E nas campanhas de Chumbinho, Paulo Mello e Froilan, casadas com a de Carlos Victor, quanto se gastou?
           Como o Froilan, pessoa desconhecida em nossa cidade, um candidato de 300 a 500 votos, conseguirá milhares de votos?
           Como o Chumbinho, rapaz de origem humilde, pode ter uma campanha tão rica? Ela teve o comando de Alfredo Barreto até o seu falecimento, mas a vinculação com a de Carlos Victor não deve ter sido barata… Afinal de contas, o candidato precisava de votos em São Pedro, reduto do Chumbinho, e bancou todas as despesas durante um ano.
           E Paulo Mello? Por que teve sua rica campanha bancada pelo governo de Cabo Frio? Por que o Paulo ajudou a manter o Prefeito no poder, mesmo tendo cometido tantos crimes? Quanto nossa cidade pagou por isso?
           A história se repetiu… Diversos pontos de distribuição de R$ 50,00 e R$ 100,00 pela cidade, de materiais de construção, de cestas básicas, etc., etc.
           Infelizmente, temos que admitir que possa ser verdade o que o Sérgio falou: “Marquinho é justiça e a Justiça é Marquinho!” Esse Governo mostrou que não tem medo das Leis e não as respeita. Continuam no poder, apesar de todos os crimes e acusações, e não acreditam que alguma coisa possa lhes acontecer. Eles se consideram acima de tudo e de todos, inclusive da Justiça! O grupo foi muito competente em corrupção eleitoral e tirou do povo cabo-friense a alegria e a liberdade na hora da escolha do seu voto.
           É triste, mas vai demorar muito tempo para tirar esse ranço de compra de votos de nossa população. Afinal, eles se acostumaram e, principalmente na periferia, a cultura da venda de votos já está enraizada. O voto foi transformado em objeto de troca, de escambo.  O eleitor não quer mais saber das propostas do candidato para o seu Bairro, quer saber quanto vale o seu voto.
           Tomara que não, mas se Carlos Victor for eleito será a mais vergonhosa compra de um mandato de Deputado, pior do que a compra do cargo de Prefeito para o seu irmão.
Até amanhã!
Alair Corrêa

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