segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Bandeiras da campanha dos royalties cobrem monumentos e prédios do Rio.

Mais de 50 prefeitos fluminenses, 17 deputados federais e 20 deputados estaduais, além de lideranças sindicais, do judiciário, comércio e indústria do Rio estiveram no encontro convocado pelo governador Sérgio Cabral na manhã desta segunda-feira, no Palácio Guanabara, para preparar a manifestação "Contra a Injustiça - Em Defesa do Rio". Marcada para esta quinta-feira 10, na Cinelândia, a mobilização pretende reunir mais de cem mil pessoas em protesto contra a inconstitucionalidade da nova distribuição dos royalties de petróleo de campos já licitados.
- Hoje houve uma demonstração clara da união do Rio. O Rio não quer nada mais que seus direitos. Não quer que receitas tão importantes para o dia a dia das pessoas sejam comprometidas - disse o governador do Rio.
Cercado pelos senadores fluminenses Francisco Dornelles (PP), Lindbergh Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB), Cabral voltou a bater na tecla de que o Rio deu à presidenta Dilma Rousseff 70% de seus votos nas eleições presidenciais. E cobrou coerência do governo federal caso o Congresso aprove o substitutivo do senador Vital do Rêgo.
- Há, segundo cálculos, entre 25 e 30 bilhões de barris já licitados (do pré-sal). O governo quando mandou ao Congresso a mudança do marco regulatório não invadiu o já licitado. Se teve essa preocupação é essa lógica e coerência que cobramos. Caso o Congresso Nacional viole esse princípio, que o governo federal vete por meio da presidenta Dilma - disse Cabral.
Representantes da CUT, Força Sindical e do sistema Fecomércio-RJ citaram a preocupação com a geração de empregos no estado do Rio caso o estado perca a receita dos royalties do petróleo. Segundo o presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, a instituição estima a perda de cerca de um milhão de empregos no estado. O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, convocou a indústria a liberar seus funcionários a partir das 15h do dia 10 para o ato público.
Os 11 municípios da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) estão organizando a vinda de dez mil pessoas em 200 ônibus. Segundo o presidente da Ompetro, Riberto Mussi, que também é prefeito de Macaé, somente da sua cidade virão seis mil pessoas, em 130 ônibus, para a manifestação de quinta-feira.
- Vamos tentar trazer o máximo possível de pessoas para mostrar a força do Rio. Se as mudanças de fato acontecerem será o caos porque os municípios já fizeram seus orçamentos para o ano que vem. Como muitas obras também que ser suspensas, o desemprego em massa será inevitável.
Amanhã uma manifestação liderada pela prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, deverá fechar a BR-101 na altura do Morro do Côco.
Bandeiras da campanha estarão em 20 pontos turísticos de Rio e Niterói até quinta-feira
Vários monumentos e prédios do Rio, inclusive o Cristo Redentor, amanheceram na manhã desta segunda-feira com bandeiras da campanha em defesa do Rio, contra as mudanças na distribuição dos royalties do petróleo. E, até quinta-feira, grandes faixas em mais de 20 pontos do Rio e de Niterói devem continuar chamando atenção. Os clubes de futebol do Rio também estão engajados, assim como pensionistas e aposentados do Estado do Rio, que serão muito prejudicados caso a redivisão dos royalties entre em vigor. Por isso, eles terão um espaço especial para se manifestarem: cino mil aposentados e pensionistas ficarão bem em frente ao palco.
No Cristo Redentor foram colocadas quatro bandeiras na base do monumento. Também foram colocadas bandeiras na Central do Brasil, nas passarelas do Parque do Flamengo e no prédio do DER, na Avenida Presidente Vargas. As bandeiras convocam a população para o ato de quinta-feira em defesa dos royalties.
Na quinta-feira, a concentração será a partir das 15h, na Candelária. A caminhada seguirá pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde artistas vão se apresentar e convocar a população a defender os direitos garantidos pela Constituição ao Rio de Janeiro no recebimento dos royalties.





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