sexta-feira, 9 de março de 2012

A POLÍTICA DO IÔ IÔ

 A política é uma atividade dinâmica e nos permite ver as mais impressionantes atitudes e decisões de alguns homens que nela se inserem.  Há o homem político que escolhe um lado e que na primeira derrota do seu líder, o abandona. Mas há os que são sérios, éticos, apaixonados e que seguem o líder e o grupo por muitos anos, alguns até a vida inteira.
Nessas 4 décadas, verdadeiros companheiros já assistiram à  derrotas e vitórias e jamais abandonaram nosso grupo. Como num casamento, em que assumimos um compromisso perante uma autoridade religiosa, amigos e principalmente com o cônjuge, de estarmos juntos na alegria e na tristeza. Esses amigos, sem receberem e sem compromisso oficial permanecem comigo em todas as circunstâncias, são pessoas que acreditam em nossos projetos e que compartilham um ideal. Centenas de pessoas, que começaram comigo essa luta em prol da nossa cidade e da nossa gente, já faleceram. Quantas saudades! Os que estão aqui continuam comigo, nunca abandonaram a nossa causa.
Cabe ressaltar que, daqueles que optaram pelo poder atual, não há um que tenha começado a fazer política comigo. Os que estão atualmente com Marquinho estiveram comigo quando eu venci, a partir de 1997. Eu comecei minha caminhada política em 1970, portanto, 27 anos antes, por isso me refiro aos que desde o início entenderam que podíamos fazer um bom trabalho e até aos que atualmente compartilham do mesmo ideal, por entenderem que Cabo Frio precisa da minha experiência.
O que podemos perceber é que tem os que mudam de lado como se muda de roupa. Esses são os que participam de um grupo por serem remunerados mensalmente, sendo assim, basta que o contratante não tenha como pagar o salário para ele deixar o “emprego” e procurar outro político que o remunere. Vamos lembrar de alguns companheiros que comigo estão há décadas, como Pedrão, Eli, Lécio, Ricardo, dentre muito outros e também lembrar de um desses assalariados.
Com relação a cabo eleitoral remunerado, ou seja, aquele que se apresenta perante o grupo como companheiro, mas que na verdade está em nosso meio por receber um salário, podemos citar o Professor Carlos Sepúlveda, que agora mudou de lado. Quero dizer que não podemos condená-lo, afinal de contas, a vida é assim: enquanto eu fui deputado e ele recebeu, mensalmente, um expressivo salário da ALERJ, ele esteve ao meu lado. A partir do momento em que terminou o meu mandato ele mudou de lado.
Política é assim: uma atividade que agrega pessoas que desejam o melhor para a cidade ou os que querem se beneficiar dela. O bom é que tivemos idealistas em nosso país, como Brizola, Prestes e em se tratando da nossa cidade podemos citar Chico Ribeiro, José Augusto Corrêa e muitos outros. Mas também existem os políticos ioiôs.
A luta continua, sai 1 remunerado e entram 100 idealistas.
Até amanhã!
Alair Corrêa 

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