Antes da Quaresma, acontece a festa carnavalesca, tal festa surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa, pela Igreja, a comemoração antecedida por 40 dias de jejum. Esse longo período de privações, acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta Feria de Cinzas, o 1 º dia da quaresma. A palavra carnaval está desse modo, relacionada com a idéia de “afastamento” dos prazeres da carne, marcado pela expressão “adeus a carne” ou “carne vale”, que, acabou por formar a palavra carnaval.
Em geral o carnaval tem duração de 3 dias, os que antecedem a quarta feira de cinzas. Em contraste com a quaresma tempo de penitencia e privações, estes dias são chamados “gordos”. No período do renascimento as festas que aconteciam no carnaval incorporavam os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Era mais uma festa “popular”. Ou seja, na sua origem o carnaval não era essa festa promíscua que se tornou nos dias de hoje. Os tempos foram se modernizando, e o ser humano foi deixando-se corromper. Veja que na sua origem o carnaval era para marcar esse tempo que logo viria, de privações e penitências, a quaresma, era uma festa popular para lembrar ao povo, que dali em diante haveriam esse 40 dias de privações, mas, o ser humano permitiu que aos poucos fosse se desvirtuando, até que atualmente se tornou uma festa pagã e promíscua.
Alguns lugares hoje ainda, numa tentativa de resgatar aquilo que foi perdido, fazem um “carnaval diferente”, mais cristão. Mas, em fim, se o ser humano se permite corromper, não importa o que seja, ele terá a capacidade de paganizar, do mesmo modo que, se o ser humano se conscientizar de que foi criado a Imagem e Semelhança de Cristo, e que por isso também é divino, ele tem o poder de aos poucos “divinizar”, aquilo que se tornou corrompido. Isso em todos os lugares, não só no carnaval, nós temos Deus no mais profundo de nossas almas, e a nós cabe irradiar esse Deus a ponto de converter corações, de dar testemunho de cristão, de transformar o pagão em “divino”, seja a onde for.
Pe. Ricardo Mota |
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